A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou recentemente que a bandeira tarifária para junho de 2025 será vermelha patamar 1. Isso significa um aumento de R$ 4,169 para cada 100 quilowatt-hora consumidos.

A mudança impactará todos os consumidores do país. Por isso, é importante que empresas, mesmo no mercado livre de energia, entendam como esse tipo de determinação atinge os negócios.

Neste artigo, vamos explorar o tema e explicar como as bandeiras tarifárias atuam no Ambiente Regulado e no Ambiente de Contratação Livre.

O que são bandeiras tarifárias?

As bandeiras tarifárias são um sistema criado pela Aneel para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. Esse mecanismo permite repassar as variações das despesas de geração, tanto positivas quanto negativas, diretamente ao consumidor.

Existem três modalidades de bandeiras: verde, amarela e vermelha (patamares 1 e 2). Cada uma representa um nível diferente de custo. A verde é a mais barata e a vermelha, patamar 2, a mais cara.

Como as bandeiras tarifárias são determinadas?

A definição a cada mês é influenciada por diversos fatores. Entre os principais estão as condições de geração de energia, como o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas – principal fonte da matriz nacional. Quando os reservatórios estão baixos, é necessário acionar usinas termelétricas, que têm um custo de geração mais elevado porque são movidas a combustíveis mais caros, como gás natural e petróleo.

Outro fator é o preço da energia comprada pelas distribuidoras no mercado de curto prazo (Ambiente Regulado), que pode variar significativamente. Além disso, os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) também são considerados. A Aneel utiliza essa estratégia para manter o equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras de energia.

Imagem aérea da usina hidrelétrica de Itaipu
O nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas é um dos fatores que influencia a definição das bandeiras tarifárias

Impactos para as empresas

As variações das bandeiras tarifárias têm um impacto direto nos custos de energia das empresas. Quando a bandeira está nos patamares mais altos, obviamente as despesas com eletricidade aumentam. Setores eletrointensivos, como indústrias, shopping centers e supermercados, são particularmente afetados, já que a energia representa uma parcela significativa de seus custos operacionais.

Para mitigar esses efeitos, algumas estratégias podem ser adotadas, como investir em eficiência energética e considerar a migração para o mercado livre de energia.

Bandeiras tarifárias no mercado livre de energia

O mercado livre de energia é uma modalidade em que os consumidores podem negociar diretamente com os fornecedores de energia, em vez de comprar da distribuidora local. Ele oferece benefícios como previsibilidade nos custos, economia e a possibilidade de escolher o fornecedor que melhor atende às necessidades da empresa.

Os negócios que estão nesse ambiente não são impactados diretamente por esse sistema, uma vez que os contratos de energia são negociados com antecedência, no longo prazo e a preços fixos. Isso significa que o valor da eletricidade contratada vai depender do tipo de contrato firmado.

Ainda assim, é importante que as empresas que já estão no mercado livre acompanhem as mudanças nas bandeiras tarifárias, pois elas sinalizam as condições de geração e oferta de energia no país. Quando as bandeiras indicam um custo maior de geração, isso pode impactar os preços futuros de energia.

Para se proteger dessas variações, é possível adotar algumas estratégias:

  • Diversificar as fontes, investindo em renováveis e de menor custo.
  • Fazer uma gestão eficiente do consumo de energia, evitando desperdícios e identificando oportunidades de economia.
  • Negociar contratos de longo prazo, que garantam preços fixos por um período maior.
  • Acompanhar as tendências do mercado e as projeções de preços futuros.

Apoio de especialistas no mercado livre de energia

Compreender o funcionamento das bandeiras tarifárias é essencial para uma gestão energética eficiente nas empresas. No entanto, navegar no mercado livre de energia pode ser complexo e desafiador, o que exige conhecimento técnico e experiência.

Nesse sentido, contar com o apoio de uma assessoria especializada pode fazer toda a diferença. Essas consultorias têm expertise para auxiliar na tomada de decisões estratégicas, como a diversificação de fontes, negociação de contratos de longo prazo e gestão eficiente do consumo.

Além disso, uma assessoria pode monitorar constantemente as tendências do mercado e as projeções de preços futuros, permitindo que sua empresa se antecipe a mudanças e se proteja de variações indesejadas nos custos de energia.

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